terça-feira, 25 de setembro de 2012

Classic Albuns - "Deep Purple - Stormbringer 1974"



Deus possui várias faces. Mas não apenas isso: ele se comunica conosco também com vozes diferentes. No início dos anos setenta, a voz divina tinha duas formas. A primeira, loura, atendia pelo nome de Robert Plant. E a segunda, mais cabeluda ainda, chamava-se Ian Gillan. Era o início dos anos setenta, e o hard rock conquistava de vez os corações e mentes da juventude, com a tríade Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple mostrando os caminhos do proto-metal.
Nessa época, o Purple atravessava uma fase conturbada. Após lançar álbuns clássicos como Machine Head e Made In Japan e perder Gillan e Roger Glover, a banda teve que começar de novo. Com Ritchie Blackmore à frente, acompanhado de Jon Lord e Ian Paice, o grupo descobriu em um desconhecido chamado David Coverdale a sua nova voz. E, para fazer o coração do Purple voltar a pulsar, chamaram o baixista e também vocalista Glenn Hughes. Com essa formação ressurgiram das cinzas com Burn, discaço que conta com clássicos como a faixa título, Might Just Take Your Life, You Fool No One e Mistreated. Mas o assunto aqui é o álbum seguinte, Stormbringer.
Com a nova formação mais entrosada, os músicos começaram a se sentir mais confiantes e se soltar mais. E essa é, simultaneamente, a principal qualidade e a principal crítica em Stormbringer. Blackmore, livre de vez da presença de Gillan e Glover, começou a moldar o som que iria fazê-lo brilhar, um pouco mais tarde, com o Rainbow. Mestre no hard rock repleto de melodia, sua mão é muito forte em músicas como Stormbringer, Lady Double Dealer e High Ball Shooter.
Mas os principais destaques do álbum são David Coverdale e Glenn Hughes. Anos antes de brilhar a frente do Whitesnake, Coverdale vai descobrindo sua voz aos poucos e, mesmo que não consiga superar a sombra de Gillan, trilha outro caminho não menos brilhante. E Hughes, que antes do Purple fazia parte de um power trio chamado Trapeze, escancara de vez todas as suas influências funk, que, misturadas ao hard rock clássico de Blackmore, Lord e Paice, fazem de Stormbringer um disco único.
A influência das raízes de Hughes estão claríssimas em faixas como Hold On, Holy Man, You Can´t Do It Right e The Gypsy, repletas de peso e balanço. Ao mesmo tempo em que mostrou ao Purple que um novo caminho era possível, essa mistura custou ao grupo o seu guitarrista, já que Blackmore abandonou a banda porque não gostou do novo direcionamento musical.
O disco fecha com chave de ouro com Soldier Of Fortune, uma das mais famosas canções de Coverdale. Basicamente acústica e com uma interpretação emocional pra caramba de Coverdale, a música une melancolia e beleza, nos fazendo levitar e sentir os pés longe do chão.
Stormbringer é um grande disco. Não é daqueles que vai mudar a sua vida, mas faz bonito em uma tarde de sol. Vale a pena. Conheça. Tenho certeza de que você vai gostar.
Despeço me desta matéria ao som de Soldier of Forture a melhor do disco !
       

Faixas : 

1 - Stormbringer
2 - Love Don't Mean A Thing 
3 - Holy Man
4 - Hold On
5 - Lady Double Dealer
6 - You Can't Do It Right (With the On You Love)
7 - High Ball Shooter
8 - The Gypsy
9 - Soldier of Fortune          

Formação :
David Coverdale - Vocal
Ritchie Blackmore - Guitarra
Gleen Hughes - Baixo
Jon Lord - Teclados e Orgão
Ian Paice - Bateria


           Por : Dieguinho

Fonte : Whiplash , Google ,Wikipédia e Roadie Crew

sábado, 22 de setembro de 2012

Keith Emerson, Rick Wakeman e Jon Lord (Parte 2/3)

Rick Wakeman : Cheeseburguers , bebida e muita extravagância

 Parece incrível, mas ao ver os velhos vídeos do Yes, ou mesmo de Rick Wakeman em sua gloriosa carreira solo em meados de 1974, é difícil imaginar aquele magrela alto de longos cabelos ostentando uma enorme capa branca cravejada de lantejoulas era um sujeito brincalhão e beberrão. No palco, Wakeman passava uma seriedade incrível, mas fora dele costumava se divertir com a vida vegetariana que Jon Anderson, Chris Squire, Steve Howen e Bill Bruford levavam, adentrando ao estúdio de ensaio ou mesmo de gravação mastigando um imenso chesseburguer, que era dissolvido por goles e mais goles de cerveja. Fora isso, a banda se incomodava com o visual espalhafatoso de Rick, que chegou a ser a pelidado de "Liberace do Rock", e com a quantidade enorme de teclados que ele levava nas turnês.
 Wakeman dava de ombros, mas, depois de sofrer alguns ataques cardíacos, a comilança e as bebedeiras tiveram que ser ser abandonadas. Quando deixou o Yes para se dedicar à sua carreira solo, que tornaria dimensões gigantescas com os álbuns Journey To The Centre Of The Earth (1974) e The Myths And Legends Of King Arthur And The Knights Of Round Table (1975), o Yes amargou tempos difíceis com o suíço Patrick Moraz. Em 1977, Wakeman retornou ao Yes, mais contido em suas vestimentas, mas mantendo o enorme aparato instrumental no palco. Foram várias idas e vinda do tecladista ao Yes e hoje, aos 63 anos, Rick tem em seu currículo mais de uam centena de álbuns e continua em plena atividade, sendo ainda um dos tecladistas que mais influenciaram vários talentos nos últimos quarenta anos.



Por : Dieguinho

Fonte : Roadie Crew

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Lançamentos - Hangar - Haunted By Your Ghosts in Ijuí

O Hangar já havia surpreendido ao lançar, no ano passado, o Cd Acoustic But Plugged In!. A Surpresa, no caso, não tem a ver com a competência da performance da banda, algo indiscutível e sabido até por minha avó, mas por mostra a beleza das melodias e harmonias do repertório do quinteto, algo que o peso, a distorção e o volume do Heavy Metal nem sempre deixa transparecer. Agora, é a vez de a banda lançar o DVD da turnê de divulgação do disco, gravado na cidade gaúcha de Ijuí, como o nome do vídeo já entrega. De cara, chama a atenção o cuidado de que a banda se cercou para compor este lançamento. Há aqui muito mais do que um simples show. Clipes, 'making ofs', entrevistas (com alguns detalhes reveladores que os mais atentos certamente vão sacar) e alguns bônus vão fazer a festa do fãs  que adoram este tipo de "presente". Porém, é o show que mais atrai as atenções . E que show! Se no disco já havia ficado latente a competência e a musicalidade do tecladista Fabio Laguna, no vídeo isso praticamente salta no seu colo. Além disso, o novo vocalista, André Leite, também confirma o resgate do talento e do carisma que a banda se ressentia há algum tempo. Além disso, Aquiles Priester, como sempre, se destaca pela performance criativa e precisa, mesmo num kit de bateria muito menor - da até pra ver o cara atrás do instrumento! Todo o show é o grande destaque do disco, mas Haunted By Your Ghosts, música escrita especialmente para o projeto acústico, é um verdadeiro achado.  NOTA - 9,0


Por : Dieguinho


Fonte : Roadie Crew

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Coheed And Cambria




A história começa em março de 1995  quando os guitarristas Claudio Sanchez e Travis Stever formam uma banda chamada 'Toxic Parents' onde não durou muito tempo e formaram outra chamada Beautiful Loser .  O guitarrista Travis Stever chegou até sair uma vez por uma briga de dinheiro por causa de gasolina . Ouve diversas mudanças envolvendo baterista e baixista e continuaram como um powertrio e mudaram o nome da banda  para Shabutie , sendo que nesta  época, a banda passou por diferentes estilos musicais como o punk rock, rock indie, rock acústico, funk e heavy metal, e escreveram mais de 100 músicas até que então no ultimo disco como Shabutie, o “Delirium Trigger”, foram aproveitadas algumas músicas que apareceram no primeiro disco de Coheed and Cambria (The Second Stage Turbine Blade). Eles escolheram Josh Eppard para tocar bateria em vez de Kelley e a história de Shabutie acabou ficando até hoje o nome Coheed and Cambria e definindo se como metal  progressivo.
Do álbum “Delirium Trigger” algumas musicas eram parte da história de ficção científica escrita por Sanchez, chamada “The Bag On line Adventures” que seria mais tarde rebatizada para “The Amory Wars”. O grupo adotou os conceitos da história como um tema que unificaria os álbuns da banda. Assim o nome deles mudou para Coheed and Cambria ( que são os personagens da história ).
A cada álbum lançado, a banda aos poucos foi ganhando repercussão diante dos diversos shows pela europa possuindo seu próprio estilo juntamente com uma história por entre os álbuns .Para se ter uma idéia , o disco “Good Apollo I’m Burning Star IV Volume One: From Fear Through the Eyes of Madness”  é o álbum mais bem sucedidos deles até à data, vendendo quase 1 milhão de unidades e era o numero 7 no Billboard 200.
Houve diversas mudanças na bateria sendo que Taylor Hawkins da banda “Foo Fighters” chegou a gravar um álbum inteiro como baterista até que resolve-se o substituto official Chris Pennie . Para tocar ao vivo recrutaram duas vocalistas e um tecladista onde possuem três DVD´s ao vivo dos quatro álbuns de studio , e ainda um livro intitulado “Year of the Black Rainbow”, escrito por Sanchez ( o guitarrista super cabeludo) e por um autor de best sellers do New York Times, Peter David.

Discografia : 

The Second Stage Turbine Blade (2002)
In Keeping Secrets of Silent Earth: 3 (2003)
From Fear Through the Eyes of Madness (2005)
No World For Tomorrow (2007)
Year of the Black Rainbow (2010)

Formação :

Claudio Sanchez - Vocal,Guitarra
Travis Stever - Guitarra
Josh Eppard - Bateria
Zach Cooper - Baixo


Por : Dieguinho